Como maior produtor nacional de cana de açúcar, o Estado de São Paulo tem potencial de geração de bioeletricidade de cana superior a 14 mil MW, equivalente à produção hidrelétrica de Itaipu.

O acordo firmado entre a indústria sucroenergética e o Governo de São Paulo, que introduziu o fim das queimadas na colheita da cana, não apenas atendeu aos imperativos da Política Estadual de Mudanças Climáticas como tornou viável um novo insumo até então subutilizado: a palha, rica em poder calorífico e, portanto, adequada ao aproveitamento na geração de energia.

Além do bagaço, das pontas e da palha, a vinhaça (outro resíduo do processamento da cana de açúcar) vem chamando a atenção pelo seu potencial gerador de biogás, que pode ser utilizado diretamente ou purificado para ser convertido em biometano e utilizado na substituição de gases derivados de petróleo.

O potencial energético dos resíduos de madeira, da lixívia (subproduto da indústria de papel e celulose) e da hidreletricidade em pequenos e médios aproveitamentos remanescentes, podem ser destinados à autoprodução e a comercialização de energia elétrica.

Existem ainda potenciais adicionais consideráveis em aterros sanitários, efluentes, resíduos da agroindústria e resíduos sólidos urbanos. Somente esses potenciais adicionais permitem a instalação de aproximadamente 5 mil MW em unidades descentralizadas por todo o território paulista.

Com a intenção de desenvolver outras fontes renováveis para o suprimento energético do Estado de São Paulo, que possam agregar uma maior consolidação tecnológica, geração de novos negócios, incentivo a empreendedores privados, geração distribuída e desenvolvimento regional, foram identificadas áreas possíveis de serem utilizadas para o reflorestamento com finalidades energéticas.

Esta área equivalente a 1.714.501 hectares, sendo que 94% desta caracterizada como pastagens degradadas, equivalendo a uma potência instalada de 1,5 mil MW.

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