Pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida terão oportunidade de ter contato direto com a natureza e seus atrativos, por meio do uso da cadeira Julietti
Na próxima sexta-feira (30), a Reserva Particular do Patrimônio Natural Recanto Olho D’Água, localizada no município de Botucatu, com apoio do Programa RPPN Paulistas da Fundação Florestal de São Paulo e a Prefeitura de Botucatu, irá propiciar a capacitação do uso da cadeira Julietti, equipamento que permite o contato de pessoas com ausência ou mobilidade reduzida com a natureza e seus atrativos, como trilhas e cachoeiras. A capacitação será em dois módulos:
- Parte teórica: Atendimento ao público de pessoas com deficiência (das 09h às 12h00), a ser realizada na Pinacoteca Fórum das Artes
- Parte prática: Técnicas para a utilização correta da cadeira Julietti, das 14h às 17h00, na RPPN Recanto Olho D’Água.
O treinamento é gratuito e aberto ao público em geral. Para os interessados, o cadastramento pode ser realizado até o dia 29 em https://www.botucatu.sp.gov.br/capacitacao-do-uso-da-cadeira-julietti.
O conteúdo e vivências a serem apresentados durante a aula constituem um importante reforço na formação de monitores ambientais e guias turísticos que, além de ampliarem o leque de oportunidade de trabalho no território, adquirem capacidade e habilidade para atender as pessoas com deficiência, proporcionando a familiares e amigos a aproximação e o contato com a natureza.
Como criar uma RPPN
As RPPNs são uma modalidade de Unidade de Conservação de domínio privado e perpétuo, que têm o objetivo de conservar a biodiversidade, sem que haja desapropriação ou alteração dos direitos de uso da propriedade.
Elas podem ser criadas em áreas rurais e urbanas, não havendo tamanho mínimo para seu estabelecimento. Para ser reconhecida como RPPN, a área deve apresentar atributo ambiental que justifique sua criação, incluindo a presença de vegetação nativa do bioma em que se encontra, como Mata Atlântica e Cerrado, a fauna associada, nascentes e cursos d’água e a paisagem. Esses aspectos contribuem para compor as características naturais da reserva.
Nas RPPNs, podem ser desenvolvidas atividades de pesquisa, ecoturismo e educação ambiental.
No âmbito do governo estadual, as RPPNs podem ser instituídas pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. O pedido e os documentos devem ser encaminhados à Fundação Florestal, que fará toda a análise do pleito. O ato do reconhecimento das RPPNs Paulistas na SEMIL é feito por meio de resolução específica publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
Caso seja opção do proprietário, as RPPNs podem também ser instituídas pelo ICMBio, a nível federal e também por prefeituras municipais, se o município dispuser de um programa específico para esse fim.
O Programa RPPN Paulistas desenvolve, ainda, o projeto de pagamento por serviços ambientais (PSA) para as RPPN e apoia a execução do Plano de Apoio à proteção das RPPN paulistas realizado pela Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade-CFB/SIMA e Polícia Ambiental.
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