Que tal fazer uma trilha de olhos vendados no meio da Mata Atlântica? O Núcleo Cunha do Parque Estadual Serra do Mar acaba de inaugurar a Trilha Caminho das Vivências, que tem o objetivo de aguçar os sentidos do visitante.
O percurso, de 50 metros, é feito com os olhos vendados e os pés descalços para que o tato, o olfato e a audição possam perceber os diferentes elementos da natureza: formas, texturas, sons e cheiros. A atividade dura 30 minutos.
A trilha é monitorada e feita em grupos, que devem fazer agendamento prévio. A experiência permite exercitar a curiosidade e a criatividade na interação com a natureza e a troca de experiências entre os participantes. Alunos da APAE de Cunha e demais instituições da região estão entre os visitantes da Trilha Caminho das Vivências.
Outra novidade do Núcleo é a torre de observação de pássaros, instalada entre as copas das árvores para melhorar a experiência dos visitantes na contemplação de aves (birdwatching). De lá é possível um contato maior com a rica fauna de aves que vive na Unidade de Conservação como macucos, jacutingas, saudades, cuiú-cuiús, negrinhos-do-mato, pavós e gaviões-de-penacho.
A Fundação Florestal está investindo a fim de melhorar a estrutura para a observação de aves. Já instalou equipamentos nos Parques Estaduais Furnas do Bom Jesus, Rio Turvo, Caverna do Diabo, Vassununga e nos Núcleos Caraguatatuba, Curucutu e Picinguaba do PE Serra do Mar.
Sobre o Parque
Localizado no extremo norte do Parque Estadual Serra do Mar, o Núcleo Cunha protege importante remanescente de matas nebulares, a mais de mil metros de altitude, com árvores de grande porte como cedro, peroba, maçaranduba, araucária, canela, ipê, que abrigam bromélias, orquídeas, samambaias, liquens e lianas. Suas florestas preservam importantes mananciais para o abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo do Rio de Janeiro. Em seu território encontram-se as áreas de maior biodiversidade do Parque.
As florestas de altitude também abrigam muitas espécies exclusivas em risco de extinção, como o sagui-da-serra-escuro, o mono-carvoeiro e o sauá, e aves como o macuco, a jacutinga, a saudade, o cuiú-cuiú, entre outras. O relevo acidentado favorece a formação de cachoeiras, especialmente nos rios Bonito, Ipiranga e Paraibuna, tornando esse núcleo de especial interesse para a prática do ecoturismo.
PESM Núcleo Cunha
Estrada Municipal do Bairro do Paraibuna, km 20 – Bairro Paraibuna
Fone: (12) 3111-1818
E-mail: pesm.cunha@fflorestal.sp.gov.br
Horário: de segunda domingo, das 8h às 17h
Entrada franca