A Fundação Florestal e a Universidade de São Paulo – por intermédio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária- Parque de Ciência e Tecnologia (Parque Cientec) – assinaram, no final de abril, um convênio visando à cooperação acadêmica e técnico científica na área de educação ambiental.

O objetivo das duas entidades é desenvolver modelos de atividades de ensino em espaços naturais onde todos dialogam em uma troca de conhecimentos para a melhoria do ensino, promovendo ações de educação ambiental e formação, tendo como temática norteadora a Trilha das Mudanças Climáticas.

O Parque Estadual Ilha Anchieta (PEIA) e o Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins participaram do curso de formação e desenvolvem projetos para trabalhar com escolas públicas estaduais e municipais situadas no entorno destas Unidades de Conservação.

Outras Unidades de Conservação vêm se juntando a essa rede de colaboração fazendo o curso de formação como: Núcleos Caraguatatuba, São Sebastião e Padre Dória do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), o Parque Estadual Ilhabela e, atualmente, o Parque Estadual do Jaraguá.

Trilha das Mudanças Climáticas Globais

O projeto vem se somar ao atendimento dos objetivos de desenvolvimento de sustentabilidade definidos pela ONU e AGENDA 2030, com destaque para o ODS 13 tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos através da meta: 13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima.

O Projeto Ecossistemas Costeiros é coordenado pelo professor Flávio Berchez do IB-USP, que ministra os cursos de extensão Ecologia Bentônica, Educação Ambiental em Trilhas, Formação de Monitores e Atividades de Apoio a Escolas Públicas.

Durante as aulas de campo, é enfatizada a importância da Unidade de Conservação para a regulação do clima e os alunos são estimulados a refletirem sobre fontes de energias renováveis, em contraponto com a queima de combustíveis fósseis, que tem aumentado a concentração de gás carbônico na atmosfera.

Os alunos que participam da atividade podem compreender que o tema abordado está presente na vida de cada um e que, a partir do conhecimento adquirido na trilha de forma lúdica, interativa e transdisciplinar, terão condições de compreender que a interferência humana tem contribuído para potencializar os efeitos das mudanças climáticas globais. Na última etapa da atividade os alunos produzem um vídeo de três minutos sobre o tema abordado e participam de um concurso com as escolas participantes do projeto.

Vale destacar a importância para as ações da Agenda 2030, OSD nº 13, que especifica a necessidade de serem tomadas medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos, meta: 13.3: Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima.

Para a realização das atividades previstas no Convênio não há transferência de recursos de uma instituição para outra, devendo cada qual arcar com suas obrigações administrativas e financeiras.

Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins (MUCJI)

O Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins (MUCJI) iniciou a parceria com o Projeto em 2015. Foram capacitados cinco integrantes da equipe de Educação Ambiental para atuação na Trilha das Mudanças Climáticas Globais. Até o momento foram capacitados 99 professores de nove escolas públicas do município de Peruíbe e cerca de 1.070 alunos visitaram a trilha.

Parque Estadual Ilha Anchieta PEIA

Esse convênio é fruto de uma atuação de 20 anos do Instituto de Biociência da USP no Parque Estadual Ilha Anchieta, tanto de atividades educativas quanto de pesquisa cientifica. Em 2018, participaram das atividades no Parque Estadual Ilha Anchieta 469 alunos, 72 professores de seis escolas estaduais e de duas municipais. Ainda em 2018, os alunos do ensino fundamental ll da Escola Estadual Professora Semíramis Prado de Oliveira, bairro Saco da Ribeira, ficaram em primeiro lugar no concurso de produção de vídeo promovido pelo curso. Os alunos da Escola Estadual Professora Sueli Aparecida Figueira dos Santos, do Bairro Estufa, em terceiro, e receberam Menção honrosa por originalidade a Escola Estadual Idalina do Amaral Graça, Bairro Ipiranguinha. Também foram premiados Elvis Zuim, monitor do PEIA, como melhor coordenador regional, e Elias Santos, como melhor monitor mirim.