Você sabia?

O javali é a espécie selvagem nativa da Ásia, Europa e norte da África, que no passado foi domesticada pelo homem dando origem ao porco doméstico.
O javali / javaporco não cruza com os porcos silvestres, nativos do Brasil, o cateto e a queixada.
Vivem em bandos asselvajados em matas perto de rios e lagoas invadindo plantações, principalmente durante a noite.
Entram em cercados de porcos domésticos para se alimentar e podem transmitir doenças por contato ou cruzamento.
Javalis / javaporcos trazem perigos para a segurança das pessoas e danos ao ambiente.
O cruzamento do javali com porcos domésticos, no presente, resulta no javaporco.
O avanço de javali / javaporco em novos lugares causa danos às espécies nativas e, por isso, ele é considerado uma espécie exótica e invasora, dentre as que mais causam problemas no mundo.

A caça de cateto ou de queixada é crime ambiental (Lei Federal 9.605/98)
Ajude a controlar o avanço do javali / javaporco em sua região. Evite que esta espécie exótica e invasora entre em contato com os rebanhos de animais domésticos.

A presença dos javalis em vida livre em áreas naturais compromete a biodiversidade, a água e o solo. Em áreas agrícolas e pecuárias representa risco sanitário porque podem transmitir doenças de grande impacto para a saúde pública e para os suínos e bovinos do estado, como a Brucelose, Tuberculose, Esparganose, Cisticercose, Teníase, Toxoplasmose, Leptospirose, Trichinelose e Raiva, entre outras doenças. O javali tem capacidade de transmitir a Peste Suína Clássica para o rebanho suíno, doença tem grande impacto econômico negativo.

Se avistar javalis-javaporcos soltos ou em criação, comunique o fato à Secretaria de Meio Ambiente de seu município e notifique a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado, principalmente nos casos de prejuízos agropecuários e de mortalidade natural de javalis. Assim você ajuda a construir um mapa da ocorrência da população de javalis no território paulista e a direcionar esforços de controle.
Você pode também utilizar o seguinte canal da web: https://www.agricultura.sp.gov.br/contato/fale-conosco/
Acesse o link, selecione o município da propriedade rural ou local onde o javali foi avistado, selecione o assunto “javali” e deixe sua mensagem sobre os prejuízos à agropecuária e ao meio ambiente, número de animais avistados, mortalidade etc.
Se o avistar nas proximidades de uma Unidade de Conservação estadual, comunique ao gestor da unidade.

O controle deve ser feito com legalidade e eficiência. É necessário se inscrever no Cadastro Técnico Federal (CTF) do Ibama, e seguir o indicado na IN Ibama 12 /2019. Esta Instrução Normativa define o controle do javali como a “perseguição, o abate, a captura seguida de eliminação direta desses animais”. Porém, o abate de indivíduos isolados com arma de fogo (que já vem ocorrendo no Brasil) pode ter um efeito reverso, dispersando as populações desses animais.

O estado de São Paulo construiu um plano de controle com tecnologias de monitoramento e captura com maior eficiência, por meio de armadilhas capazes de capturar o bando inteiro, facilitando seu abate e a eliminação de 100% do grupo pelo controlador, que pode ser replicado em propriedades particulares. O uso de cães durante o controle é proibido.

O enterramento dos javalis abatidos é simples e deve seguir as normas estaduais. As valas devem ser abertas fora de área de preservação permanente e deve ter, no mínimo, 60 cm de profundidade. Os javalis não devem ser amontoados, mas colocados lado a lado. Leia a norma completa no site da Cetesb.