Ao longo de toda a semana passada, a Fundação Florestal, por meio das Unidades de Conservação situadas no Litoral Norte de São Paulo, participou de ações relacionadas ao Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, celebrado no último dia 17. Graças a essas atividades, realizadas em parceria com escolas, prefeituras e comunidades, foram retirados cerca de mais de 200 sacos de lixo das praias e margens de rios da região.
O evento acontece todos os anos, no terceiro final de semana de setembro e reúne voluntários mais de 120 países, com o objetivo de diminuir a poluição e a quantidade de lixo tanto nas águas, quanto nas margens de rios e nas praias. No Brasil, o Clean Up Day é realizado desde 1993. A Fundação Florestal, órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, apóia a campanha e vem participando ativamente com seus funcionários que também contribuem com atividades educativas com as comunidades.
Gincana no Parque Estadual da Ilha Anchieta
No Parque Estadual da Ilha Anchieta, a limpeza contou com o apoio do pessoal da Área de Proteção Marinha do Litoral Norte (APA Marinha LN) e participação de 36 voluntários, representantes do Centro Paula Souza – Extensão Etec Doutor Geraldo José Rodrigues Alckmin – Ubatuba e da Escola Estadual Semíramis Prado de Oliveira. As ações foram nas praias do Presídio, Sapateiro e Palmas.
Ao todo, foram coletados 20 sacos de 100 litros de lixo. A coleta teve como estímulo, uma gincana: o grupo que coletasse mais lixo e o que coletasse o lixo mais inusitado ganharia prêmios. Após as coletas houve uma discussão sobre o lixo e por fim distribuição de lanches. O lixo mais inusitado encontrado na Ilha Anchieta foi uma lâmpada fluorescente tubular inteira.
Lixo estranho nas margens de rio, em Caraguatatuba
Em Caraguatatuba, a ação promovida pelo Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) foi concentrada nas margens do Rio Santo Antônio, que sofre com a grande quantidade de lixo que é jogado em suas margens. Foram encontrados diversos objetos estranhos. Destacam-se um vaso sanitário, um monitor de computador, cadeiras de plástico, carcaças de televisão, cama, roupas, sapatos e entulhos de construção civil, além de cerca de 60 sacos de 100 litros com lixo mais leve.
Depois da limpeza, foi feito o plantio de 25 mudas de árvores nativas, ideais para a recomposição de mata ciliar, como o tapiá, que produz um fruto de cor amarela e doce que atrai a avifauna, além de mudas de quaresmeira e ipê amarelo. A ocasião foi aproveitada também para plantar quatro mudas de Jequitibás na trilha mais conhecida e freqüentada do Parque que leva o mesmo nome da espécie. As mudas de Jequitibá terão como missão substituir a árvore que batizou a trilha e que já cumpriu seu ciclo.
As atividades contaram com a parceria das escolas municipais Bernardo Ferreira Louzada e Aida Castro A. Grazioli, moradores locais, curso de Guia Florestal, G.A.C e Comunidade Católica Divina Providência, Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente Municipal e empresa de limpeza O. O Lima, que doou sacos plásticos e luvas.
Atividades descentralizadas em São Sebastião
Em São Sebastião, o PESM realizou ações em parceria com o Colégio Objetivo e com a empresa Ecopav, em praias do Centro e Boiçucanga, nos dias 24 e 25. No primeiro dia, o grupo passou pelas praias do Porto Grande, Arrastão e Praia Deserta. No dia 25, foi a vez da Praia de Boiçucanga. Além da limpeza, foi realizada uma palestra para os alunos participantes, sobre os problemas causados pelo lixo quando disposto inadequadamente e em especial para que o ecossistema marinho. O evento reuniu cerca de 100 pessoas, entre alunos, professores e funcionários do PESM – Núcleo São Sebastião. Foram coletados 62 sacos de lixo, totalizando 395 quilos de resíduos.
Microlixo destaque no Núcleo Picinguaba, em Ubatuba
A parceria dos pescadores da Vila Picinguaba, maricultores do cultivo de vieiras e a Área de Proteção Marinha do Litoral Norte (APA Marinha LN), resultou na limpeza desta bela praia do Litoral Norte paulista. O grupo de 11 pessoas recolheu 60 kg de lixo, com atenção especial para os chamados “microlixos”, que podem parecer inofensivos, mas quando são varridos pelas águas das chuvas e levados ao mar, acabam confundidos com comida, ocasionando a morte de centenas de animais marinhos.
Foram coletados 43 pedaços de cordas de nylon, três pilhas, 34 tampinhas de garrafa, 39 canudinhos, cinco anéis de latinhas de bebidas, duas lâmpadas e 182 bitucas de cigarro! Para o início da temporada, o mesmo grupo pretende fazer nova limpeza e confeccionar lixeiras e cinzeiros para a Praia Vila de Picinguaba.
Por: Fundação Florestal