A Fundação Florestal esteve presente na segunda edição do Seminário Agosto Indígena: Yvy rupa Nhande kuey mba’a (Toda a terra é nossa) a convite da Prefeitura de São Bernardo do Campo para apresentar o Programa Guardiões da Floresta.
No evento, que aconteceu no dia 17.08, dentro da programação dos 470 anos da cidade e no mês em que se comemora o Dia Internacional dos Povos Indígenas, estiveram presentes cerca de 300 pessoas, entre membros das comunidades indígenas, técnicos e estudantes da rede pública, além do Gestor do Núcleo Curucutu do PESM, Marcelo Gonçalves, e o Gerente da Baixada Santista, Lafaiete Alarcon.
De acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal do município, Dra. Regina Célia Damasceno, o principal foco do evento é “que o seminário sirva de reflexão a todos e, desta forma, haja um efeito prático, resultando em ações diferenciadas. A população indígena precisa ser vista e ouvida, destacando como ponto de partida a garantia de condições de existência digna”.
O evento contou com a presença de importantes lideranças como Elson Mirim da Silva, Líder da Tekoa Guyrapa-ju, que destacou a importância de valorizar as raízes da história, e de Lidia Krexu Rete Verissimo e Pajé Laurindo Tupã Min Verissimo, da Tekoa Kuaray Rexakã, que abençoou o seminário. Além deles, e não menos importantes, participaram as lideranças e representantes das aldeias Nhamandu Mirim e Krukutu e das etnias Pankararu e Laklãnõ-Xokleng.
A analista de Recursos Ambientais da Fundação Florestal e Coordenadora Técnica do Programa Guardiões das Florestas, Sandra Leite, apresentou o programa aos convidados do Seminário, destacando que o programa visa reconhecer os serviços ambientais historicamente prestados pelos povos originários na conservação e gestão das unidades de conservação paulistas.
Vale lembrar que, somente no estado de São Paulo, existem 37 territórios indígenas, dos quais 29 se sobrepõem a unidades de conservação. Visando a importância do modo de vida e os conhecimentos tradicionais dos povos originários para a preservação de áreas de vegetação nativa no território paulista, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) Guardiões da Floresta, é um mecanismo para remunerar os indígenas pelos serviços ambientais prestados, gerando benefícios para toda a comunidade.
Como o funciona:
Os agentes ambientais indígenas credenciados, com base em planos de trabalho aprovados, recebem valores mensais de diárias como pagamento pelos serviços ambientais prestados, nos seguintes eixos de atividades: monitoramento da biodiversidade, monitoramento territorial e ambiental, restauração florestal e manejo, turismo socioambiental de base comunitária e qualificação intercultural
“O programa prevê transferência de recursos financeiros por serviços ambientais, remunerando os povos originários que contribuem com a preservação das unidades de conservação. A implantação está na fase um e já incluso no PPA (Plano Plurianual) 2024-2027 do Estado”, ressalta Sandra.
Para saber mais sobre o programa PSA Guardiões da Floresta, acesse: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/programas-e-campanhas/psa-guardioes-das-florestas/
(Crédito fotos: Gabriel Inamine / PMSBC)