Na última quarta-feira, 8 de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Floresta Estadual de Angatuba organizou uma tarde de atividades para celebrar a data com as profissionais que trabalham na Unidade coletando resina.  As trabalhadoras conheceram o Centro de Educação Ambiental e a Casa Caipira, onde muitas puderam relembrar a vida na casa dos pais ou dos avós e se emocionaram ao contar as lembranças, além de participar de dinâmicas de integração e valorização de seus papéis na sociedade, além de tomar um café da tarde.

Na Floresta, há 11 mulheres que exercem a atividade de coletar resina, porém quando necessário desempenham todas as outras etapas desde a instalação com as aberturas de fendas na parte inferior das árvores até as novas estrias que chegam a três metros de altura. A idade média das mulheres é de 30 anos e a família é a maior motivação. Muitas são mães solo que estão na resinagem devido à oportunidade de emprego para levar melhores condições de vida aos filhos. Já outras optaram pelo campo pois é um lugar calmo onde outros familiares já trabalham.

A resinagem no Estado de São Paulo gera milhares de empregos diretos e indiretos em função de sua aplicação nas indústrias químicas. A prática é bastante antiga no Brasil, datando do início do século XVII. Consiste em um conjunto de operações que vão desde a seleção das árvores com diâmetros adequados, roçada e limpeza das áreas, raspagem da casca, entalhe com abertura de fendas e fixação de saquinhos no tronco para coleta das oleoresinas.

As resinas do gênero Pinus tem como componentes principais o breu e a terebintina e as Florestas e Estações Experimentais com plantios dessa espécie compõem grandes áreas de manejo e produção sob a gestão da Fundação Florestal, onde diversas empresas realizam atividades de resinagem.

As principais habilidades necessárias para se trabalhar na área são “coragem para trabalhar no campo e forças físicas e psicológicas para aguentar o início do aprendizado que não é fácil”, como relatou uma das trabalhadoras, porém conciliar o cansaço com o cuidado da família também passa a ser um desafio. Na resina, o trabalho das mulheres e dos homens são iguais, com a mesma intensidade e força de trabalho, sendo que, em média, cada mulher coleta a resina de 2.000 pés de pinus por dia.

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