No último sábado (7), a Estação Experimental de São Simão e Estação Ecológica de Santa Maria, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Simão, Itesp e o Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta”, realizaram o I Festival da Fazenda Santa Maria. Estiveram presentes os prefeitos de São Simão, Marcos Bonagamba, e o de Luiz Antônio, Rodrigo Mello Marques.

O Festival foi um ato de fortalecimento de vínculos entre as Unidades de Conservação e o Assentamento Mário Covas, promovendo o resgate histórico cultural e arqueológico – a EEc de Santa Maria possui cerca de cinco sítios arqueológicos a serem pesquisados – junto à comunidade, visto que o casarão, a árvore Imperial e todo a área da unidade estavam fechados para a visitação pública.

Foram mais de quarenta cadastros dos moradores do assentamento que venderam produtos orgânicos, doces e artesanato produzido nos lotes, além de exposições de fotos, equipamentos e materiais históricos em várias tendas como o da Defesa Civil, Corta Fogo, Museu Histórico, Meio Ambiente e Agricultura. “Foi emocionante esta integração e abrir a unidade para que a população mais antiga pudesse recordar suas memórias e os mais novos pudessem conhecer a história da localidade”, completa Maico Damião, gestor das UCs.

A Fazenda Santa Maria foi uma importante fazenda de café do período do Brasil Império, recebendo em suas terras Dom Pedro II e Dona Tereza Cristina, que plantaram uma muda de árvore conhecida como Pau-Ferro e que permanece até hoje ao lado do casarão histórico. A Fazenda testemunhou os diversos períodos da história, tendo que se adaptar aos novos tempos, construindo uma série de casas e uma igreja para receber os novos trabalhadores, espaço este conhecida popularmente como “colônia”.

Em 1959, a Fazenda foi adquirida pelo Governo do Estado de São Paulo e passou a fazer parte do Serviço Florestal, passando a se chamar de Estação Experimental de São Simão e Estação Ecológica de Santa Maria, sendo a primeira voltada a silvicultura com plantação de pinus, eucaliptos e pesquisas científicas, e a outra uma área de proteção integral que promove a conservação e preservação do bioma local.

Após 1996, houve um processo de regularização da área onde foi criado o Assentamento Mário Covas, cujo nome é uma homenagem ao antigo governador estadual e por fim as duas Unidades de Conservação tiveram seus limites alterados.

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