Durante o evento, foram anunciadas parcerias e cursos que poderão contribuir para a implantação de projetos junto à iniciativa privada nos parques estaduais do Estado de São Paulo
A Fundação Florestal reuniu seus gestores, gerentes, diretores e boa parte do corpo técnico no auditório da Secretaria Estadual do Meio Ambiente na última sexta-feira, 23, para um ciclo de palestras a respeito de parcerias, empreendedorismo e concessões à iniciativa privada nos parques estaduais de São Paulo. Para ministrar as palestras, estiveram presentes representantes do Sebrae e do Instituto Semeia, uma ONG que tem como missão, fomentar parcerias entre o setor público, a iniciativa privada e a sociedade civil.
Diante de um auditório lotado, Eduardo Camargo, diretor executivo da Fundação Florestal, fez a abertura do ciclo de palestras. Ele agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância do envolvimento de cada um no ideal de fazer com que as Unidades de Conservação do Estado de São Paulo continuem sendo referências em preservação, belezas naturais e destinos turísticos.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi o convidado solene e afirmou que esta é uma importante iniciativa de discussão sobre parcerias com o setor privado que visam modernizar e aprimorar o atendimento público nos parques estaduais de São Paulo.“No mundo inteiro, algumas das principais fontes de renda são atividades voltadas para o turismo e preservação ambiental. Neste sentido, a prática do ecoturismo em nossas Unidades de Conservação é uma atividade promissora e de baixo impacto”, disse.
Semeando a sustentabilidade
O diretor executivo do Instituto Semeia, Fernando Pieroni, falou sobre a parceria com a Fundação Florestal e a possibilidade de contribuir para a união de esforços. Ele também apresentou como os parques de outros países lidam com as concessões e quais as vantagens das parcerias entre a iniciativa privada e o setor público.
“É um privilégio para o Instituto Semeia estar aqui hoje para falar sobre as concessões nos parques estaduais de São Paulo. Nossa proposta é que essas Unidades de Conservação sejam motivo de orgulho para a população brasileira. Parques fechados não são protegidos, enquanto que a apropriação desses locais pela sociedade faz com que cada um de nós seja um protetor da natureza. O mundo tem sinalizado caminhos para superar os desafios de gestão de parques públicos. A ideia é que as atividades que são incompatíveis ou inviáveis para o poder público sejam feitas em parceria com a iniciativa privada.”
Para Pieroni, as concessões só funcionam se seguirem um modelo de “ganha-ganha-ganha”. “O poder público ganha, uma vez que abre espaço para que a real função de proteção ambiental seja desempenhada, a iniciativa privada ganha com a oportunidade de novos negócios e a sociedade civil ganha com o acesso a unidades de conservação melhor assistidas”, disse o executivo. Ele lembrou de exemplos de sucesso ao redor do mundo, como nos EUA onde diversos serviços são concedidos e o volume de turistas aumenta a cada ano.
Visão empreendedora
A Fundação Florestal, em parceria com o Sebrae, apresentaram uma nova plataforma que vai disponibilizar cursos online para fomentar a cultura de liderança, criatividade, empreendedorismo e planejamento estratégico. Para Marcos Peçanha, diretor Administrativo Financeiro, a proposta vai dar a oportunidade dos colaboradores reciclarem seus conhecimentos e diminuir a distância entre os gestores e a administração, em São Paulo.
Segundo Cláudio Barrios, gerente do Sebrae, contribuir com a nobre missão da Fundação Florestal perante a sociedade e a natureza no Estado de São Paulo é uma grande satisfação. “Este curso oferecido aos gestores propõe uma reflexão sobre como podemos ser empreendedores na vida. Cada parque tem sua vocação e particularidades. A partir deste curso simples, será possível identificar pontos de carências e buscar o aprofundamento nas questões que forem mais importantes”, disse.
Para Eduardo Camargo, que encerrou o ciclo de palestras, os convidados ajudaram a ampliar a visão empreendedora da Fundação. “Nós já temos uma grande diversidade de atrativos naturais magníficos. Queremos aprimorar toda essa riqueza, oferecendo produtos de qualidade, segurança, desenvolvimento socioambiental e conforto ao nosso público. É assim que os maiores parques do mundo recebem seus visitantes. É desta forma que queremos fazer também”, encerrou.