Em uma reunião definida como singela, porém, com importantes significados tomou posse nesta quinta-feira (12) a nova composição do Conselho Gestor da APA Parque e Fazenda do Carmo, para o Biênio 2011-2013. A solenidade foi distante desta importante área de proteção ambiental, no Auditório do Instituto Florestal, no Horto Florestal, zona Norte da Capital, porém foi reconhecida pelo simbolismo de ocorrer próximo a uma das áreas ambientais mais importantes e “bonitas” da Capital Paulista: a Serra da Cantareira, como forma de inspirar as ações no outro extremo do município.

 

A simplicidade da reunião, porém não deixou de destacar os desafios que a próxima equipe do Conselho Gestor e os responsáveis executivos têm pela frente: elaborar o Plano de Manejo para aquela área que tem em seu território o histórico Parque Urbano do Carmo, administrado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, com um rebatimento importante na gestão da APA Parque e Fazenda do Carmo.

 

Nos discursos que pontuaram a solenidade, com entrega de diplomas e um livro da Fundação Florestal aos integrantes da nova gestão do Conselho, muito se destacou a importância da área para a população, onde despontaram movimentos e lideranças em históricas lutas como aquela que pontuou a discordância quanto ao aterro sanitário no local, nos idos da década de 1980. Criada por lei em 1987 a APA teve o seu projeto vetado pelo governador do Estado da época e registra como feito histórico a derrubada desse veto pela Assembléia Legislativa.

 

Fez parte dessa trajetória a criação do Conselho Gestor, em 1993 que foi efetivamente implantado em 1996. Aliás, esta foi a primeira Área de Proteção Ambiental no âmbito do Estado de São Paulo a contar com um Conselho Gestor, cuja regulamentação só foi precedida pelo Conselho da APA da Ilha Comprida. Já no âmbito das APAs que passaram a ter a sua gestão pela Fundação Florestal, a partir da transferência dessas unidades de conservação da CPLA para a Fundação, a APA Parque e Fazenda do Carmo foi a que primeiro contou com um conselho empossado pela instituição.

 

Registrando o desafio posto para o biênio de trabalhar para a elaboração do Plano de Manejo da APA, os doze conselheiros titulares e outros tantos suplentes, representando o Poder Público Estadual (03 representações); Poder Público Municipal (03 representações) e da Sociedade Civil (06 representações), numa perfeita composição paritária, todos foram alertados para o fato de não representarem a si próprios e sim aos poderes e instituições que representam com suas responsabilidades e atribuições. A propósito dos desafios postos nas mãos do Conselho e autoridades públicas para a proteção e desenvolvimento da região foi lembrado pelo subprefeito de Itaquera que “os olhos do mundo estão postos na Zona Leste de São Paulo, mais especificamente para Itaquera”, tendo em vista que lá irá ocorrer a abertura da Copa do Mundo de Futebol, em 2014.

 

Na gestão do biênio 2011-2013 representam o Poder Público Estadual no Conselho a Fundação Florestal que exerce a presidência do mesmo, a CBRN/SMA, com a suplência da CETESB/SMA; a SABESP com a suplência da Polícia Ambiental. A representação do Poder Público Municipal está assim composta: SVMA, com suplência da Guarda Ciuvil Metropolitana/ a SMA/DEPAVE, com suplência semelhante e a supprefeitura de Itaquera, com suplência da subprefeitura de São Mateus. As representações da Sociedade Civil está assim composta: Casa de Saúde Santa Marcelina; Serviço Social Nossa Senhora do Parto; Sociedade Ambientalista Leste; Movimento em Defesa do Vale do Aricanduva e o Fórum para o Desenvolvimento da Zona Leste.