Com os dois novos espaços, Floresta Legal já contempla 15 Unidades de Conservação

Parte integrante dos 21 projetos Ambientais Estratégicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, o Criança Ecológica tem o objetivo de informar e sensibilizar as crianças do 5 º ano do Ensino Fundamental I sobre os conceitos básicos da agenda ambiental, visando a mudança de comportamento, tornando-os verdadeiros agentes da sociedade sustentável. Os locais são pedagogicamente preparados para receber as excursões de alunos, que ganham um exemplar do livro “Criança Ecológica – Sou dessa turma”, no qual os personagens ensinam os leitores mirins o que é biodiversidade, a importância das matas ciliares e como devemos usar a água sem desperdiçar, entre outros conceitos indispensáveis a uma vida sustentável no Planeta.

Para Malu Freire, coordenadora de educação ambiental da SMA e gerente do projeto, o empenho do secretário Xico Graziano tem sido vital para o fortalecimento da educação ambiental no Estado de São Paulo. Disse ainda que quando há o trabalho em parcerias, “os resultados são mais rápidos e mais eficazes. Nós temos que aprender a atuar com um novo paradigma, com políticas públicas”, afirmou.

Paranapanema
O prefeito do município de Paranapanema, Johannes Cornelis van Melis, disse que a prefeitura, por meio de sua secretaria de meio ambiente, contribuirá efetivamente para o bom andamento do projeto, “pois nós acreditamos que o futuro dependerá das crianças”.

Rodrigo Vitor, diretor do Instituto Florestal – IF, agradeceu o empenho do município e afirmou que o IF tem a responsabilidade no desenvolvimento de políticas que conciliem a proteção dos remanescentes naturais e a recuperação de áreas degradadas, ação indispensável para o desenvolvimento social e econômico do Estado. “Empenharemos também para que a estação contribua na formação e no despertar da consciência ambiental dessa nova geração”, disse.

Em Paranapanema, cerca de 60 crianças das escolas municipais Daisy Espolaor Trevisani e José Gonçalves Mendes se encantaram com a turma do Criança Ecológica. O evento contou também com a apresentação do coral, composto por 29 crianças, do projeto “Mãos do Futuro”.

Cubatão
No Parque Estadual da Serra do Mar o coral Cubatão Sinfonia e as crianças da Escola Municipal José Júlio Martins Bapstista, de Praia Grande, cantaram o hino da Criança Ecológica e se divertiram com os personagens. Para Lafaiete Alarcon da Silva, gestor do núcleo, é um imenso prazer receber o projeto. “É um desafio para nós, mas a família Itutinga Pilões se dedicou ao máximo para que tudo desse certo, já que a nossa razão de ser são as crianças”, disse.

As crianças também se divertiram com o teatro de marionetes, no qual Bob Água e Frida Flor contaram a importância da preservação da Mata Atlântica. A coordenadora do Criança Ecológica na Fundação para a Conservação e a Produção Florestal – FF, Adriana Neves, o projeto é essencial para o núcleo. “Somente com a educação ambiental a gente consegue minimizar, ou então resolver, os tantos conflitos que enfrentamos, principalmente nessa região”, declarou.

Malu Freire enfatizou o papel das crianças no futuro das áreas protegidas. “Vocês moram em lugares em que a natureza é muito preservada. Se não tiver essa serra, Cubatão vai ser rainha de quê?”, questionou às crianças fazendo uma referência ao hino da cidade, o qual nomeia Cubatão rainha da serra.

Pesquisa e conservação
Responsável pelo gerenciamento das Unidades de Conservação e pela elaboração e implementação das políticas relacionadas a essas áreas, o Instituto Florestal assume papel importante e estratégico na gestão ambiental do Estado de São Paulo, salvaguardando a biodiversidade de aproximadamente 50% dos atuais remanescentes paulistas do bioma Mata Atlântica além de outros ecossistemas.

A atividade de gestão se traduz no desenvolvimento de programas de pesquisas, de monitoramento, de fiscalização, de visitação pública, de extensão e educação ambiental, nas áreas sob sua administração, as quais somam cerca de 900 mil hectares, incluindo Unidades de Proteção Integral e de Uso Sustentável, que visam, respectivamente, a conservação dos ecossistemas naturais representativos do Estado e o manejo de florestas plantadas.

O desafio inclui também assegurar os direitos e o desenvolvimento das comunidades tradicionais caipiras, quilombolas e caiçaras, habitantes das áreas naturais, cujas políticas devem respeitar às peculiaridades culturais inerentes a elas, bem como aprimorar um modelo de gestão compartilhada envolvendo os diversos seguimentos da sociedade e do governo que de forma direta ou indireta são co-responsáveis e interessados na manutenção do patrimônio natural e cultural inseridos nas Unidades de Conservação e suas respectivas áreas de entorno.