A novidade do livro vermelho paulista é que a metodologia agora utilizada segue os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a lista aponta desde espécies ameaçadas de extinção até espécies muito pouco pesquisadas, o que impede o conhecimento necessário para classificá-las. Além disso, a linguagem visual da publicação é agradável, com imagens e mapas das espécies e dos locais onde as espécies ocorrem, sendo um atrativo não só para técnicos da área, mas para todos os cidadãos interessados em obter informações sobre as espécies ameaçadas no Estado de São Paulo.
Ao todo, são 436 espécies e subespécies – 17% do total de vertebrados conhecidos no Estado – que compõem a lista. Destas, 86 foram consideradas quase ameaçadas, ou seja, que ainda não sofrem ameaças, mas demandam atenção para que não entrem nesta classificação.
O fato de uma espécie estar na lista da fauna ameaçada de São Paulo significa que ela está sofrendo risco de extinção e pode desaparecer em um curto espaço de tempo se nada for feito. Dentro das categorias de ameaça, as espécies que correm um risco maior de extinção são classificadas como “Criticamente em Perigo” (CR), seguida pelas categorias “Em Perigo” (EN) e “Vulnerável” (VU) – na qual, apesar da espécie ainda sofrer sério risco de extinção, não está em situação tão crítica.
Acesso à publicação
Os dois mil exemplares do livro vermelho da fauna paulista não serão comercializados, mas estarão disponíveis em bibliotecas, universidades, centros de pesquisas além de serem distribuídos aos 87 autores da obra. Os interessados também podem baixar o livro na internet na página:
http://www.ambiente.sp.gov.br/fauna/livro_vermelho2009.zip
Fundação Florestal
A bióloga Angélica Midori Sugieda, que atualmente trabalha no Setor de Áreas Particulares Protegidas da Diretoria de Assistência Técnica da Fundação Florestal, foi uma dos três coordenadores gerais da publicação. Ela atuou com o Diretor Presidente da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Paulo Magalhães Bressan, e a Assessora da Diretoria da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Maria Cecília Martins Kierulff.
Angélica também participou intensivamente da confecção do capítulo que aborda Aves. Entre as experiências profissionais dela constam o Projeto Arara-azul, no Pantanal, e o Projeto Arara-azul-de-lear, na Bahia.