Evento foi resultado de uma convocação para que todos os interessados se manifestem durante o processo de criação da nova área protegida
“A idéia é tornar cada vez mais participativo e transparente todo esse processo”. Dessa forma, o diretor-executivo da Fundação Florestal – FF, José Amaral Wagner Neto, tem se manifestado durante o processo de criação da Unidade de Conservação que protegerá um contínuo florestal com oito mil ha em Bertioga, na Baixada Santista, caracterizado por conter preservados trechos de restinga. A reunião pública aconteceu em 31 de maio na prefeitura de Bertioga.

Além de Wagner Neto e de técnicos da FF e da Secretaria do Meio Ambiente do Estado – SMA, estiveram presentes o prefeito de Bertioga, José Mauro Dedemo Orlandini, vereadores, representantes do Ibama, ONGs, universidades, empresários, comerciantes e moradores. O diretor-executivo da Fundação Florestal abriu a reunião explicando o Decreto Estadual n° 55.661, de 30 de março de 2010, que submeteu a área à “limitação administrativa provisória”.

A medida administrativa, de duração de sete meses, impõe limites à utilização desse território enquanto são aprofundados os estudos para fundamentar a criação da área a ser protegida. É uma ação para evitar uma corrida imobiliária e outras formas de ocupação e atividades humanas que possam prejudicar o território que será transformado em Unidade de Conservação.

Após a exposição de Wagner Neto, foi apresentada a proposta da FF para a nova UC, realizada a partir do projeto “Criação e Ampliação de Unidades de Conservação no Estado de São Paulo com Base no Princípio da Representatividade”, desenvolvido pela Fundação Florestal em parceria com a ONG WWF-Brasil e o Instituto Florestal – IF. A intenção é proteger o trecho que engloba as fozes dos rios Itaguaré e Guaratuba e a floresta localizada entre a rodovia Mogi-Bertioga e a faixa das linhas de alta tensão.

Também foram apresentadas as propostas já recebidas pela FF, e que estão sendo analisadas, como a criação de duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) e inclusão de novos trechos feitos pela prefeitura e ONGs, como o Instituto Maramar e o Instituto iBiosfera. Diversas dúvidas foram esclarecidas e novas sugestões foram recebidas para serem estudadas pelos técnicos da Fundação.

A intenção da Fundação Florestal é realizar as audiências públicas com o resultado dos novos estudos realizados em setembro.

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