
Abelhas e outros polinizadores, como borboletas, morcegos e beija-flores, estão cada vez mais ameaçados pelas atividades humanas. Para comemorar o Dia Mundial das Abelhas, a Fundação Florestal inaugurou um meliponário educativo. Meliponário é o espaço onde abelhas nativas sem ferrão são criadas em caixas racionais (caixas que simulam os troncos das árvores).
A polinização é, no entanto, um processo fundamental para a sobrevivência dos nossos ecossistemas. Quase 90% das espécies de plantas silvestres com flores do mundo dependem, inteiramente, ou pelo menos em parte, da polinização animal, juntamente com mais de 75% das culturas alimentares do mundo e 35% das terras agrícolas globais. Os polinizadores não só contribuem diretamente para a segurança alimentar, como também são essenciais para a conservação da biodiversidade.
Para aumentar a conscientização sobre a importância dos polinizadores, as ameaças que eles enfrentam e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, a ONU designou 20 de maio como Dia Mundial das Abelhas. O dia escolhido foi uma homenagem ao esloveno Anton Janša, nascido em 20 de maio de 1734 e considerado o pioneiro da apicultura moderna.
O objetivo da data é fortalecer medidas voltadas à proteção de abelhas e outros polinizadores, o que contribuiria significativamente para a solução de problemas relacionados ao suprimento global de alimentos e para a eliminação da fome nos países em desenvolvimento.
Para que sejam melhor conhecidas pela população e contribuir para a conservação das abelhas nativas e na divulgação de sua importância ecológica, a Fundação Florestal instituiu o Programa Abelhas Nativas (PAN).
Foram instaladas três caixinhas com abelhas nativas: duas com abelhas jataí (Tetragonisca angustula) e uma com abelha tubuna (Scaptotrigona bipunctata). Ambas as espécies foram capturadas nos jardins da Semil. A meta é colocar mais caixinhas, conforme novos enxames forem capturados ou resgatados na região da Semil.
“A Fundação Florestal está implantando, através do PAN, meliponários nas Unidades de Conservação (UC) em todo o estado de São Paulo, então achamos interessante que onde fica a sede da FF fosse também implantado um meliponário, para que servisse de inspiração para as UC que ainda não aderiram ao PAN e principalmente as prefeituras e outras entidades que visitam aqui a sede da Semil. O meliponário aqui da sede tem a função de um espaço educativo, trazendo informações sobre esses polinizadores tão importantes, tanto para os funcionários como para os visitantes. O espaço será um polo da disseminação (polinização) da meliponicultura aqui no estado de São Paulo.” Afirma Gustavo F. Alexandre, coordenador do PAN.