Chamas reduziram material combustível, como folhas secas, galhos mortos e capim; ação não impactou a fauna

A queima prescrita realizada, entre os dias 12 e 13 de junho, na Estação Ecológica de Jataí, na cidade de Luiz Antônio, queimou cerca de 80 hectares de materiais combustíveis. Esta é a segunda vez que a técnica é utilizada na Unidade de Conservação, que consiste em utilizar o fogo de forma controlada em pequenos trechos, sob supervisão das equipes técnicas, para que as chamas suprimam materiais altamente inflamáveis (como folhas secas, galhos mortos e capim) da superfície.

O objetivo principal é reduzir o material combustível e, consequentemente, evitar a propagação de labaredas durante incêndios de grande intensidade. A queima prescrita, técnica largamente utilizada em vários países e considerada eficiente, faz parte do manejo integrado do fogo. Entre as vantagens estão o controle de espécies exóticas invasoras, a quebra de dormência de sementes (que auxilia na superação das condições naturais de espécies com dificuldade natural no processo de germinação) da flora do Cerrado e benefícios para a fertilidade do solo.

Durante os dois dias, as condições climáticas favoráveis propiciaram uma queima de baixa intensidade, não requerendo intervenções das equipes, apenas o monitoramento das chamas. A progressão do incêndio de maneira lenta permitiu que a fauna se dispersasse para as áreas não afetadas pelo fogo.

Toda a ação foi coordenada pela Fundação Florestal, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, que participaram do planejamento, além de contar com o apoio dos demais órgãos ligados à Operação SP Sem Fogo.

 

SP SEM FOGO – A Operação SP Sem Fogo tem como objetivo, dentre outras ações, diminuir os focos de incêndio no Estado, principalmente durante o período mais seco do ano, que vai de junho a outubro. Neste ano, o Governo de SP está investindo mais de R$ 97 milhões em aquisição de equipamentos anti-incêndio, veículos, limpeza de áreas marginais de rodovias e ampliação do uso de tecnologia de boletins meteorológicos e monitoramento via satélite.

A operação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil)Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta também com ações e  investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar AmbientalCompanhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB)DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Fundação Florestal (FF) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento.