Iniciativa serviu como uma troca de experiências a respeito de tecnologias voltadas para o saneamento básico rural; participaram quatro aldeias da Terra Indígena Araribá
Com o objetivo de oferecer uma vivência teórica e prática sobre a tecnologia de Saneamento Básico Rural, uma metodologia da Embrapa, quatro aldeias da Terra Indígena Araribá, de Avaí, estiveram presentes na Embrapa Instrumentação, em São Carlos. A visita técnica, ocorrida no início de abril, foi organizada pela gestão da APA Rio Batalha e pelo Instituto para Defesa do Meio Ambiente Indígena (IDMAI) com o apoio da Prefeitura Municipal de Avaí e coordenada por Wilson Tadeu Lopes da Silva, pesquisador, doutor em Química Ambiental/Saneamento Básico Rural, e por Flavio Marchesi, da Escola da Floresta em São Carlos.
Com cerca de 2.000 hectares, a Terra Indígena Araribá está inserida no território da APA, constituindo a “Zona de Proteção Especial” da Unidade, e é grande parceira na conservação e recuperação dos recursos naturais. Em entrevista ao Portal Embrapa, o cacique Edenilson Sebastião, mais conhecido Chicão Terena, falou mais sobre a visita. “A ideia de conhecer as tecnologias de saneamento da Embrapa instaladas no sítio São João partiu da necessidade de levar para as aldeias um sistema de tratamento que preserve o solo, não contamine os recursos hídricos e melhore a qualidade de vida da população”.
A Área de Proteção Ambiental do Rio Batalha é uma Unidade de Conservação Estadual criada em 2001 e regulamentada em 2019. A APA abrange uma área de 236 mil hectares e 11 municípios da região de Bauru: Agudos, Avaí, Balbino, Bauru, Duartina, Gália, Pirajuí, Piratininga, Presidente Alves, Reginópolis e Uru. O Rio Batalha é um importante manancial de abastecimento público para estes municípios.
Embora seja um manancial estratégico para abastecimento da região, tem sido observado uma significativa redução da vazão e um significativo aumento da contaminação neste corpo d´água. A APA Rio Batalha foi criada legalmente com os objetivos de preservar os recursos hídricos da Bacia hidrográfica, controlar a expansão urbana e o uso do solo inadequados, planejar e incentivar o desenvolvimento sustentável da região, garantir a sobrevivência das comunidades tradicionais, preservar a biodiversidade e os remanescentes florestais.