A Fundação Florestal e o Itesp (Fundação Instituto de Terras) firmaram, por meio de um Termo de Cooperação Técnica, a parceria no âmbito do Programa Juçara, o qual busca aumentar a quantidade de palmeiras-juçara dentro das Unidades de Conservação, além de ampliar o cultivo nos imóveis rurais localizados em UCs de Uso Sustentável.

Encontro para comemorar a primeira compra de sementes, por meio do chamamento que teve apoio do Itesp

A oficialização da parceria aconteceu no início deste ano, mas as instituições trabalham em sinergia desde 2019 para viabilizar a execução das ações ligadas às populações tradicionais, beneficiárias do Programa. A iniciativa oferece uma alternativa de trabalho e de renda aos pequenos agricultores e às comunidades tradicionais nas regiões onde se insere. Por isso, dentre as pautas já tocadas em conjunto estão: apoio na elaboração do modelo de Chamamento Público para compra de sementes, assistência em trabalhos burocráticos, como credenciamento e emissão de documentação, além da divulgação do projeto em si e realização de cursos e eventos.

O Programa conta, ainda, com a parceria da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Secretaria de Desenvolvimento Regional, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (por meio do Programa Vale do Futuro), Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Ibama, universidades, prefeituras e entidades representativas da sociedade civil.

O Programa Juçara

Encontro de fornecedores de sementes, em Ubatuba, realizado em parceria com o Itesp

Em 2021, foram repovoados 360 hectares em Unidades de Conservação, sendo cinco no Vale do Ribeira e outras cinco em núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar. Já até dezembro de 2022, foram repovoados 236 hectares, sendo quatro no Vale do Ribeira e três em núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar.

Além da questão ambiental, o programa procura modificar a cultura extrativista da palmeira-juçara ao desestimular o corte da árvore para a extração do palmito, oferecendo a opção de obter seu sustento por meio do cultivo e da venda da polpa de semente para o reflorestamento.

A preservação da palmeira está diretamente ligada à manutenção da biodiversidade local. Sua semente e seu fruto servem de alimento para mais de 68 espécies, entre aves e mamíferos. Tucanos, jacutingas, jacus, sabiás e arapongas são os principais responsáveis pela dispersão das sementes, enquanto cotias, antas, catetos e esquilos, dentre outros, se beneficiam das sementes e frutos.

Para saber mais, acesse: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/programas-e-campanhas/programa-jucara/