No próximo sábado (7), a Fazenda Campininha, que abriga a Estação Experimental (EEx), a Estação Ecológica (EEc) e a Reserva Biológica (Rebio) de Mogi Guaçu, completa 81 anos de proteção. E, para celebrar essa data, serão plantadas mil mudas no Bosque dos Funcionários no próprio dia 7, a partir das 9 horas, em um evento aberto ao público. O bosque fica localizado na EEx, Lagoa dos Patos e todos poderão ajudar no plantio.
O Decreto n. 12500, de 7 de janeiro de 1942, declarou reservada a Fazenda Campininha, com a área de 4.500,42 hectares, como necessária à conservação da flora e da fauna estadual e para futuro estabelecimento de florestas protetoras remanescentes e modelo. Posteriormente, parte de suas áreas foram reconhecidas como Estação Ecológica (980,71 ha, Dec. Est. 22.336, de 07 de junho de 1984) e outra parte foi decretada como Reserva Biológica (470,05 ha, Decreto Estadual nº24.714, de 07 de fevereiro de 1986).
A EEc de Mogi Guaçu tem a finalidade de assegurar a integridade dos ecossistemas e do conjunto fluvial lagunar do rio Mogi Guaçu e de proteger sua flora e fauna, bem como para ser utilizada para objetivos educacionais e científicos.
A Rebio de Mogi Guaçu é uma das poucas áreas remanescentes de Cerrado Florestado e Mata Atlântica de interior (Floresta Estacional Semidecídua) do Estado de São Paulo, ecossistemas dos mais ameaçados do planeta e sua conservação é uma prioridade.
Já a Eex de Mogi Guaçu tem seu objetivo voltado ao desenvolvimento sustentável, movido pela integração entre produção, progresso científico, tecnológico e a conservação da biodiversidade. São 3.050 hectares de Pinus, Eucaliptus e matas ciliares acompanhando os ribeirões tributários do rio Mogi-Guaçu.
As áreas da Fazenda Campininha (EEx, EEc e Rebio) integradas, constituem-se em um laboratório natural, onde são desenvolvidas diversas pesquisas básicas e aplicadas, nas áreas de ecologia, taxonomia, genética de populações, fisiologia e bioquímica, bioprospecção, interação solo-planta-animal, ciclagem de nutrientes, restauração ecológica, levantamento da microfauna, entre outras. Também atuam no ensino, por meio da educação ambiental dirigida às escolas públicas e privadas da região e contribui com os programas de pós-graduação.
A área possui rica diversidade de flora e fauna. Destaca-se a ocorrência da onça-parda, do tamanduá-bandeira, do lobo-guará, do gavião-belo e da juriti-vermelha. Da flora, é possível encontrar vinhático, mangabeira, jequitibá-rosa, peroba-rosa, palmeira-juçara ameaçadas de extinção.
Para saber mais sobre as Unidades, acesse: https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/