A Fundação Florestal esclarece que a permissão de Uso das áreas de uso público do Parque Estadual Ilha Anchieta é uma modalidade de delegação de serviço adotada pelo estado para estabelecer parcerias com a iniciativa privada e tem a duração de 10 anos. A proposta é trazer parceiros do segmento de serviços de ecoturismo para melhorar a experiência do visitante, aproximando-o da natureza, de forma absolutamente regrada, de acordo com o plano de manejo que define, inclusive, uma capacidade máxima de pessoas por dia na ilha, não havendo que se falar no aumento de um turismo predatório.

O patrimônio natural, histórico e cultural do PEIA continuam sob gestão direta da Fundação Florestal, apenas a execução dos serviços de apoio ao ecoturismo é passada para a iniciativa privada, mas continua sendo fiscalizada pela Fundação.

Nas obras de revitalização do parque, no valor de R$ 7.943.163,61, não se criou nenhuma estrutura, apenas se recuperou as já existentes, dotando-as de sistema fotovoltaico, sistema de tratamento de esgoto e de água. Graças a essas obras, hoje é possível oferecer aos visitantes serviços de apoio ao ecoturismo como alimentação, hospedagem, aluguel de equipamentos (snorkel, máscara de mergulho, entre outros), sem qualquer prejuízo ao meio ambiente. As famílias serão as maiores beneficiárias desses serviços e poderão gozar da experiência de estar em contato com a natureza de forma mais estruturada, com a valorização dos atributos naturais marinhos e da mata atlântica.

É importante esclarecer que não se trata de concessão, mas permissão de uso. Não abrange as praias, não há a possibilidade de se ocupar as ruínas do presídio ou construir um hotel na ilha, mas apenas usar as estruturas que já eram destinadas para a hospedagem de poucos, mas que agora serão abertas para a sociedade como um todo. Também competirá ao permissionário a manutenção de todas as edificações do Parque, inclusive o alojamento dos pesquisadores.

O projeto foi dividido em dois lotes para incrementar a participação e competição do empresariado local, além de prever a obrigação de contratação de 70 % de mão de local e 30% produtos agroecológicos locais.

Além disso, os permissionários disponibilizarão, 20 dias ao ano, todos os leitos da ilha, com pensão completa, para atender as atividades de voluntariado e para a rede pública de ensino municipal e estadual.

No mundo todo a experiência de estar na natureza, de forma ordenada e controlada, constitui umas das principais medidas de sensibilização e educação ambiental e isso é o principal objetivo desse projeto, afinal só quem conhece, preserva.