No dia 25 de março, funcionários da Fundação Florestal realizaram um mutirão de limpeza no Jardim da Baronesa, da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena). A iniciativa faz parte do calendário de manejo da Unidade de Conservação, iniciado em março. Ao todo, participaram da ação cerca de 40 pessoas, entre gestores e funcionários de UC, equipe da prefeitura de Rio Claro e estagiários da Feena que são alunos da Unesp de Rio Claro.

O Jardim da 2ª Baronesa de Piracicaba é um jardim funcional para as abelhas nativas que possui um meliponário instalado com caixas racionais de quatro espécies de abelhas nativas (jataí, mandaçaia, manduri e iraí) e hotel para abelhas solitárias, que atrai visitantes em geral, criadores de abelhas, alunos, pesquisadores, produtores e curiosos sobre as abelhas e sua importância na manutenção da biodiversidade. O então conhecido Jardim da Baronesa foi originalmente construído por Maria Joaquina de Melo e Oliveira, 2ª Baronesa de Piracicaba, em meados do século XIX.

No dia da manutenção, além de realizar a poda da cerca viva, remover espécies de plantas invasoras que competiam pelos mesmos recursos (iluminação, nutrientes e espaço) das plantas de interesse do Jardim e roçagem do gramado, foi realizado inspeção nas caixas racionais das abelhas nativas do meliponário. Os enxames estavam saudáveis, inclusive possibilitando a coleta de amostras de mel.

Manejo de árvores

A Feena iniciou o manejo de cerca de 1.200 de árvores do seu interior. A ação, que já estava prevista no Plano de Manejo da Floresta, tem por objetivo retirar árvores que estão mortas e/ou risco de queda, evitando que danifiquem a saúde geral das outras plantas, além de garantir a segurança do visitante, uma vez que grande parte está ao longo de trilhas percorridas.

A Feena, criada em 1909, foi residência de Edmundo Navarro de Andrade, que fez no local um centro de pesquisas sobre o eucalipto. Por isso, a maioria das árvores presentes são espécies exóticas, o que significa que foram plantadas, não pertencente à vegetação nativa regional, e é também por conta desse histórico que 90% das que estão mortas ainda em pé, em risco iminente de queda, são eucaliptos.

A avaliação do risco de queda foi feita pelo Grupo de Planejamento, Acompanhamento, Gestão e Operação das Atividades Oriundas da Comercialização de Madeira e Resina da FF (GPAGO) com base em uma metodologia criada pela própria Fundação, utilizando a norma da ABNT NBR 16246-3 (Florestas urbanas – Manejo de árvores, arbustos e outras plantas lenhosas. Parte 3: Avaliação de riscos de árvores). No caso da Feena, foram avaliados dados como idade, o nível de inclinação, características da copa, altura, vulnerabilidade da localização, presença de formigueiros e pragas e exposição da raiz.

A madeira proveniente do corte, que eventualmente possa ser aproveitada comercialmente, será vendida por meio de licitação pública e todo o recurso obtido será utilizado para melhorias da própria Unidade de Conservação, com base em um acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo. Haverá, ainda, reposição por espécies nativas, sempre que possível no mesmo local, por meio de projetos de plantio específicos.

Para mais informações sobre a ação, acesse:

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/programas-e-campanhas/manejo-de-arvores-na-feena/

Para mais informações sobre a Feena, entre em:

https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/floresta-estadual-edmundo-navarro-de-andrade/