Nesta quarta-feira (30), as Unidades de Conservação criadas na Serra do Itapetinga e Itaberaba (Decreto Estadual nº 55.662/2010), que reúne os Parques Estaduais do Itapetinga e Itaberaba, Floresta Estadual de Guarulhos e o Monumento Natural Estadual da Pedra Grande, comemoram 12 anos da sua criação.
Com o objetivo de proteger a biodiversidade e os recursos hídricos da região Norte-Nordeste da Serra da Cantareira, as UCs somam cerca de 30 mil hectares de áreas protegidas e conservam um importante patrimônio natural, abrigando diversas espécies da fauna e flora, algumas ameaçadas de extinção e até endêmicas. Por se tratar de relevo montanhoso, muitas nascentes e córregos se formam ao longo dos seus relevos montanhosos, contribuindo para três bacias hidrográficas diferentes, contribuindo para alguns sistemas de abastecimentos públicos municipais e também para o Sistema Cantareira.
As áreas protegidas estão inseridas no território da APA Sistema Cantareira, unidade de uso sustentável que tem o objetivo de conservar os recursos hídricos da região, especialmente os reservatórios Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro, além dos remanescentes de Mata Atlântica e fauna associada que compõem as sub-bacias desses reservatórios.
Nestes 12 anos, foram realizadas diversas ações na busca da conservação desses espaços protegidos e sua conciliação com o uso adequado, tendo destaque a elaboração dos Planos de Manejo de cada unidade, utilizando metodologia atualizada desenvolvida pelo Comitê de Integração dos Planos de Manejo constituído junto à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), com sua aprovação pelo Consema e publicação no ano de 2018. Destaca-se a elaboração de um dos primeiros Planos de Manejo voltado à Monumentos Naturais do Brasil, com diretrizes e regras específicas para a compatibilização do uso da terra por propriedades privadas inseridas no Monumento com os objetivos da unidade de conservação.
As parcerias junto aos órgãos públicos estaduais e municipais e com o terceiro setor vem sendo a principal marca para a efetividade de diversas ações de gestão territorial, importantes para a implantação dos programas institucionais da Sima, como a Operação Corta Fogo, o Sistema Integrado de Monitoramento (SIM) e a implantação do Plano de Uso Público em um dos principais atrativos turísticos, a Laje da Pedra Grande. Outra conquista foi a instalação do Grupo Integrado de Fiscalização do Alto Juquery (GFI), que conta com a participação de diversos órgãos, sendo mais uma ferramenta para proteger e coibir usos irregulares, inerentes da dinâmica territorial enfrentada pela proximidade dos grandes centros urbanos.
A participação institucional também ocorre em fóruns regionais, criados e utilizados para as articulações e planejamento das mais diversas soluções e estratégias para o avanço nas políticas públicas como os Comitês de Bacias Hidrográficas, os Conselhos municipais de Meio Ambiente, Turismo e Segurança.
O fortalecimento das articulações com os mais diversos atores regionais na busca pela efetivação das políticas públicas de conservação voltadas às áreas protegidas junto às ações institucionais promovidas pela Fundação Florestal e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente são as marcas ao longo dos 12 anos, e continuarão sendo a busca para cada vez mais qualificar a conservação dos atributos ambientais protegidos.
Para saber mais sobre as áreas, acesse: https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/