Convênio valor de R$ 4 milhões irá fomentar pesquisas relacionadas à biodiversidade na Estação Ecológica Jureia-Itatins
A Fundação Florestal anuncia a renovação da parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp, juntamente com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) para financiar projetos de pesquisa em Unidades de Conservação do Estado de São Paulo. Com a continuidade no contrato serão investidos mais R$ 4 milhões com recursos oriundos da Fundação Florestal e da Fapesp nos próximos cinco anos. Ao todo, até 2026, serão cerca de R$ 7 milhões de investimentos em pesquisas em diversas áreas.
Em 2022, os projetos a serem apoiados deverão ter foco na biodiversidade na Estação Ecológica Juréia-Itatins. Com 84.425 hectares, é a maior estação ecológica do estado e guarda uma das últimas áreas bem preservadas de Mata Atlântica e contínuas do Brasil. Lar de diversas espécies da nossa fauna, abriga espécies endêmicas e ameaçadas, como a onça-pintada e o muriqui-do-sul. A flora é composta por espécies raras e que só ocorrem na Juréia. Ainda, é destaque grandes áreas de duas importantes fisionomias (tipos de vegetação): restingas e manguezais. O alto grau de integridade ecológica, faz da Unidade um laboratório vivo para pesquisas voltadas para entendimento da natureza e dos processos ecológicos.
Apoio à pesquisa
Além do convênio com a Fapesp, a Fundação Florestal possui outras iniciativas voltadas para o apoio à pesquisa. Apesar de o ano de 2020 ter tido restrições decorrentes da pandemia, houve avanços no trabalho: entre junho de 2020 e junho de 2021, 78 novos projetos se iniciaram nas UCs paulistas. Atualmente são 208 pesquisas em andamento, devidamente cadastradas no Núcleo de Acompanhamento de Projetos Externos, do Instituto de Pesquisas Ambientais (Nape), distribuídas nas diversas temáticas, incluindo fauna, flora e desenvolvimento sustentável.
Um destes exemplos foi o projeto coordenado por Pablo Vidal-Torrado, professor titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP. Intitulada Processos de Formação dos Organossolos Metanogênicos e Reconstituição Paleoambiental da Turfeira da Campina do Encantado (Pariquera Açu-SP), a pesquisa foi financiada pela Fapesp, com apoio também da Capes e da USP e utilizou a infraestrutura do Parque Estadual Campina do Encantado, em Pariquera-Açu (SP). Contando com o apoio da gestora Márcia Lima e de sua equipe, Vidal-Torrado utilizou a UC e seu fragmento florestal de zonas úmidas que abriga um ecossistema muito protegido e único e de grande interesse científico e ambiental para desenvolver seu projeto.
Para saber mais sobre os projetos selecionados na primeira fase pela Fapesp acesse: https://fapesp.br/13902/selecionadas-propostas-para-gestao-e-uso-sustentavel-de-unidades-de-conservacao-ucs