Dentre as ações estão a compra de cadeiras adaptadas para trilhas e de modelos anfíbios, além de treinamentos de monitores ambientais autônomos e implementações de trilhas acessíveis
Com foco em ampliar o atendimento às Pessoas com Deficiências e seus familiares, a Fundação Florestal, em parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, tem desenvolvido iniciativas para adaptar suas unidades de conservação para atendimento a esse público.
Dentre as ações realizadas, está a compra de 35 cadeiras adaptadas para trilhas, que serão entregues e distribuídas a parques da Fundação Florestal. Desta forma, as pessoas com deficiência física poderão conhecer trilhas não acessíveis, sem a necessidade de readequações. Além disso, está em processo licitatório a aquisição de cadeiras anfíbias, que serão destinadas para as unidades de possuem praias e cachoeiras, trazendo mais autonomia para o usuário.
A FF também fechou uma parceria com a ONG IR Inclusão Radical, no início de setembro do ano passado, possibilitando que voluntários ajudem pessoas com dificuldades de locomoção a conhecer as trilhas não acessíveis. A iniciativa deu tão certo que atualmente existe uma lista de espera com mais 90 interessados.
Outra iniciativa é a capacitação dos monitores ambientais autônomos para receber PCDs e seus familiares. Até o momento, foram realizadas capacitações em cinco unidades e, após uma pausa por conta da pandemia, os treinamentos foram retomados com o intuito atender a todas as unidades da Fundação Florestal. Com relação à chegada das cadeiras adaptadas, a ONG IR Inclusão Radical realizará, também, o treinamento dos voluntários cadastrados, para que eles possam dominar o manuseio para a segurança de todos.
Trilhas acessíveis
Além da chegada das cadeiras e da realização de treinamentos, a Fundação Florestal conta três unidades com trilhas acessíveis, em que o cadeirante e a pessoa com mobilidade reduzida possuem autonomia para realizar com tranquilidade o percurso.
Uma delas é a Trilha do Silêncio, localizada no Parque Estadual Jaraguá, com uma extensão de 700 metros (ida e volta) em um trajeto de 30 minutos. A trilha foi a primeira a ser adaptada para visitantes com mobilidade reduzida e deficientes visuais e físicos no estado, inaugurada em 2007. Ela atende a diversos grupos e instituições de ensino e tem sido utilizada como referência na inclusão social em atividades de recreação em ambiente natural.
A Trilha das Bromélias, por sua vez, localizada no Parque Estadual Carlos Botelho – Núcleo São Miguel Arcanjo, possui uma extensão circular de 250 metros, em altitudes de 190 metros a 785 metros durante o percurso de 20 minutos. Inaugurada em 2012, durante as comemorações dos 30 anos do parque, ela conta com um percurso sob um bosque de araucárias e diversas epífitas, o atrativo foi pensado para ser totalmente acessível a cadeirantes e portadores de mobilidade reduzida.
Por fim, a Trilha das Palmeiras, no Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Caraguatatuba, possui um quilômetro (ida e volta) em um percurso de 30 minutos. Construída para atender a portadores de deficiência, ela foi idealizada nos termos do Projeto de Recuperação de Área Degradada (Prad) da Pedreira Massaguaçu, iniciado em julho de 2015. Em sua trajetória, é possível observar aves e realizar paradas para banho na Prainha, uma piscina natural do Rio Santo Antônio onde se encontra projetado um deque para facilitar a entrada dos cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Para saber mais sobre as unidades de conservação, acesse: https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/