O decreto que criava o Parque Estadual Serra do Mar foi assinado pelo governo Paulo Egydio Martins no dia 30 de agosto de 1977. A publicação no decreto no dia seguinte, 31, no entanto, é a data consagrada para a comemoração dessa importante iniciativa na gestão do meio ambiente do estado de São Paulo.

Em uma época em que a questão ambiental ainda não havia recebido a importância que hoje desfruta tanto por parte dos governos quanto por parte de iniciativas da sociedade civil, a demarcação de uma área tão extensa para proteção ambiental não aconteceu sem debates e controvérsias. Mas ao longo desses 43 anos, a iniciativa se mostra cada dia mais acertada.

O Parque Estadual Serra do Mar, com 332 mil hectares, protege um importante segmento de Mata Atlântica ao longo da serra que lhe dá nome e da costa do estado, desde a divisa com o Rio da Janeiro até as cercanias da Região Metropolitana de São Paulo.

Dentro de seus limites legais, existem 23 municípios que desenvolvem atividades econômicas e uma população significativa que vive e trabalha em sintonia com as restrições e benefícios decorrentes de uma unidade de conservação ambiental, com benefícios para todos.

Segundo o Guia de Áreas Protegidas, “a contribuição do Parque é clara para a sustentabilidade da vida, especialmente, nos núcleos urbanos localizados em seu entorno. Além da constituição de belezas cênicas e paisagens notáveis, ameniza o clima, oferece a estabilização das encostas dando melhor proteção aos moradores de áreas críticas, propicia espaços para recreação, lazer e visitação pública, entre outros, sendo que os principais componentes são a garantia do suprimento de água qualitativa e quantitativamente, e, por fim, a proteção e a conservação da biodiversidade”.

A gestão de uma área tão grande só foi possível graças à criação, ao longo desses mais de 40 anos, de “núcleos”. Desde o limite norte até a região do ABC Paulista, dez núcleos administrativos (e um atrativo de interesse especial). Cada um desses núcleos apresenta características físicas e climáticas diversas e, em decorrência disso, protege o maior corredor biológico da Mata Atlântica no Brasil, com mais de 1.300 espécies de animais e cerca de 1200 tipos de plantas (segundo o Ibama). Além disso, a unidade briga animais em risco de extinção no país, como o macaco-prego, o bicho-preguiça e a anta.

Rodrigo Levkoviz, diretor executivo da Fundação Florestal, complementa: “A existência de diferentes núcleos permite ação local e rápida para responder às demandas

específicas de cada segmento. O trabalho de gestores locais em contato direto e permanente com a administração oferece a agilidade como deve ser a marca da gestão de unidades de proteção ambiental, nas quais cada dia e cada época do ano apresenta diferentes necessidades”.

Recentemente, a Fundação Florestal obteve recursos da CCA (Câmara de Compensação Ambiental) na ordem de R$ 2,9 milhões, que estão sendo investidos especificamente em obras de revitalização de algumas estruturas de apoio ao visitante, em três núcleos, como pode-se ler na nota “Investimentos de R$ 2,9 milhões criam novas experiências em trilhas do Parque Estadual Serra do Mar”.

Nas comemorações deste ano, não foram programados eventos presenciais em cumprimentos à legislação de segurança, no entanto, os núcleos do PESM já se preparam para a reabertura para visitação com algumas restrições e seguindo as normas de segurança estabelecidas pelo governo do estado.

Para obter mais informações sobre o Parque Estadual Serra do Mar, acesse o guiadeareasprotegidas.sp.gov.br.