Saúde promove prevenção contra febre amarela no Horto Florestal neste sábado. Serão vacinadas 3 mil pessoas que ficam em assentamento no interior do horto, que permanecerá fechado temporariamente
As Secretarias de Estado da Saúde e do Meio Ambiente de São Paulo, em parceria com a prefeitura, realizam neste sábado, 21 de outubro, a partir das 9h, uma ação de prevenção contra a febre amarela no Horto Florestal, situado na zona norte da capital paulista. Cerca de três mil pessoas, ocupantes de assentamento dentro do parque, deverão receber uma dose da vacina. Agentes sanitários farão uma varredura no Horto, coletando amostras de mosquitos. A partir da próxima semana será feita uma ação de controle de vetores no local, que, por isso, permanecerá interditado por tempo indeterminado para a circulação do público. Também serão interditadas as entradas para o público do Parque da Cantareira e do Horto.
A medida foi definida pela Secretaria depois que um macaco do gênero bugio foi encontrado morto no Horto. Os resultados dos exames sorológicos e histoquímico das amostras do primata confirmaram nesta sexta-feira, 20 de outubro, a presença do vírus da febre amarela.
A transmissão do vírus para o macaco foi do tipo silvestre, já que o vetor encontrado foi o mosquito haemagogus, comum em regiões rurais e de mata. É importante destacar que macacos não transmitem a febre amarela para a população. Esses animais são hospedeiros do vírus, transmitido de forma silvestre pelos mosquitos haemagogus e sabethes. Em uma segunda etapa, será iniciada uma ação de intensificação vacinal preventiva de pessoas que moram nas proximidades ao Horto Florestal.
Convencionalmente, a vacina contra a febre amarela é indicada apenas aos moradores de regiões silvestres, rurais, de mata e ribeirinhas e para aqueles que vão viajar a esses locais ou os que estão classificados como regiões de risco.
A imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até seis meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo). Em caso de dúvida, é importante consultar o médico.
Em 2017 houve 22 casos e 10 óbitos por febre amarela silvestre autóctones confirmados no Estado. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.