Membro do conselho que estuda os monumentos geológicos paulistas diz que visitação aumentou 10%
Por: Gabriel Iorio Fotografia: Arquivo Fundação Florestal
As cavernas e as formações rochosas de calcário esculpidas pela ação das águas, denominadas carstes, constituem a grande atração do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – PETAR, no Vale do Ribeira, atraindo grande número de visitantes todos os anos.
A informação é da coordenadora do Projeto de Ecoturismo da Secretaria do Meio Ambiente do Estado – SMA, Anna Carolina Lobo, durante reunião do Conselho Estadual de Monumentos Geológicos – CoMGeo-SP, do qual é conselheira. Segundo a técnica, com o desenvolvimento do Programa Trilhas de São Paulo, da SMA, o número de visitantes aumentou 10% no último ano.

Relatórios periódicos sobre a opinião dos visitantes revelam um grande índice de aprovação, especialmente em relação à conservação do patrimônio natural. O sítio, que é um dos cinco Monumentos Geológicos do Estado de São Paulo aprovados pelo CoMGeo-SP, localiza-se dentro do PETAR, onde é desenvolvido um amplo trabalho para garantir a sustentabilidade turística. Entre outras ações, um contrato com o Serviço Nacional do Comércio – SENAC promove a capacitação de mais de 500 pessoas de comunidades tradicioanis no entorno da Unidade de Conservação, para a prestação de serviços de recepção, guia, hospedagem e outros, gerando renda para moradores da região.

A reunião, realizada em 23 de junho, contou com a participação do secretário-adjunto do Meio Ambiente, Pedro Ubiratan Escorel de Azevedo, que na última segunda-feira, 28 de junho, tornou-se o titular da pasta. Rogério Rodrigues Ribeiro, do Instituto Geológico – IG, secretário-executivo do ComGeo-SP, coordenou a atividade. O conselho conta ainda com a participação de representantes de diversos órgãos do Estado, universidades e entidades da sociedade civil.

Câmara de Compensação Ambiental
A conselheira Neide Araújo, da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais – CBRN, da SMA, fez uma exposição sobre a Câmara de Compensação Ambiental – CCA, que também faz parte da estrutura da secretaria. A CCA é o órgão que delibera sobre a destinação de recursos financeiros provenientes da compensação ambiental de impactos causados por empreendimentos, e que poderiam ser pleiteados para ações de geoconsevação e ecoturismo em geossítios e monumentos geológicos. Segundo Araújo, a elaboração da proposta de criação do Monumento Geológico da Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí, contou com R$ 50 mil liberados por essa câmara.

Futuro Monumento
Já a pesquisadora do IG, Annabel Aguilar, fez um relato da situação do Sítio Geológico Pavimento Estriado do Guaraú, em Salto, que está sendo indicado para ser transformado em monumento geológico. A pesquisadora apresentou dados sobre a sua importância geológica e as ações de conservação empreendidas até o momento.

Segundo Rogério Ribeiro, “há, atualmente, cinco monumentos geológicos declarados pelo CoMGeo-SP e, aproximadamente, vinte sítios em estudos aguardando aprovação”. Para se tornar um monumento, um sítio deverá apresentar atributos geológicos relevantes e ser devidamente estudado e protegido.