O Inventário do IF aponta ainda que apesar da estabilidade no índice de desmatamento no Estado de São Paulo, a região Administrativa de Bauru foi a terceira em perda de vegetação natural, cerca de 10,38% nos últimos 10 anos. “Por essas razões, foi imprescindível a elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica de Bauru”, explicou a bióloga Teresa Toniato, pesquisadora do Instituto Florestal. Segundo ela o Plano de Manejo tem o objetivo de preservar os processos ecológicos que asseguram não só o equilíbrio desses ecossistemas, mas também a sua recuperação e proteger os recursos hídricos – empreendendo ações voltadas à contenção de processos erosivos desencadeados pelo uso inadequado das terras nas propriedades vizinhas.
Programas de Manejo
Conforme o Decreto 26.890, de 1987, a Estação Ecológica de Bauru foi criada com a finalidade de proteção ao ambiente natural, realização de pesquisas básicas e aplicadas e desenvolvimento de programa de educação conservacionista. No Plano de Manejo estão previstos a proteção dos recursos naturais, dentre elas, a prevenção de incêndios, proteção à fauna silvestre e a recuperação de áreas degradadas.
A implantação de um Programa de Educação Ambiental, na Unidade de Conservação ficará condicionada à instalação de uma infraestrutura mínima de apoio à visitação científica e cursos de nível superior e capacitação para funcionários. Estão previstos ainda, estudos e pesquisas no campo do conhecimento do ecossistema natural, recuperação de áreas alteradas, biologia e manejo de animais silvestres.
A integração com a comunidade do entorno, a administração e manutenção da UC também estão previstas no Plano, que foi elaborado pelas equipes da coordenação geral do IF: Eliana Maria Rangel de Almeida, Maria Teresa Toniato e Giselda Durigan.
Estação Ecológica de Bauru
A Estação Ecológica Sebastião Aleixo da Silva , também conhecida como Estação Ecológica de Bauru, está localizada em Tibiriçá, distrito do município de Bauru, que se insere na área gerida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê-Batalha. A Estação preserva uma amostra da Mata Atlântica, a única em uma região devastada, em conseqüência da ocupação agropecuária.
No entanto, esse município possui a quase a totalidade de seu território em Áreas de Proteção Ambiental – APA’s (APA Estadual e APA Municipal do Rio Batalha e APA Municipal do Ribeirão Água Parada). Assim, a Unidade de Conservação de Bauru é extremamente importante para a educação, voltada às disciplinas que tratam das ciências da natureza, sendo um espaço valioso para a transmissão dos conhecimentos sobre os recursos naturais e sua conservação, através de um programa de Educação Ambiental que possa atender a diferentes públicos.
Ainda, por sua condição de fragmento florestal pequeno e isolado, a UC oferece condições ideais para experimentação, visando à restauração florestal, formação de corredores biológicos e contenção de efeitos de borda. Todos os serviços e infraestrutura que atendem à unidade, desde a sua criação, são da Estação Experimental de Bauru, ligada ao IF, e está subordinada à Diretoria Geral do IF. Atualmente a administração é compartilhada com a Fundação Florestal – FF, também da SMA.