Manual elaborado pela Fundação Florestal, em parceria com a WWF-Brasil, vai auxiliar no monitoramento
O número de pessoas que querem estar em contato com a natureza é cada vez maior. Prova disso são as visitações aos Parques Estaduais e outras áreas protegidas do Estado, que já passam dos dois milhões de visitantes ao ano. Mas, muitos desses ecoturistas não imaginam os impactos que a visitação pública pode causar ao meio ambiente e que são necessários estudos que garantam a passagem das pessoas por áreas protegidas de maneira sustentável. Ao finalizar o seu Plano de Monitoramento e Gestão dos Impactos da Visitação, a Fundação Florestal e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, em parceria com a WWF-Brasil e o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento realizou, entre os dias 10 e 11, a capacitação de 26 funcionários das Unidades de Conservação do Estado – UC’s – para o monitoramento destes impactos.

Durante os dois dias, monitores, assistentes e funcionários das UC’s se reuniram no Núcleo Pedra Grande, do Parque Estadual da Cantareira, para trabalharem com o Manual de Orientação do Plano de Monitoramento e Gestão dos Impactos da Visitação, elaborado pela equipe da Fundação Florestal e da WWF-Brasil. O treinamento teve como objetivo apresentar aos participantes o sistema proposto, sua forma de implantação e gestão e, ainda, permitir que todos os presentes atuem como agentes multiplicadores, difundindo e capacitando outros funcionários das UC’s onde estão locados para os trabalhos do monitoramento e gestão dos impactos da visitação.

Esta é a primeira vez que o Sistema Estadual de Florestas decide utilizar uma única metodologia de monitoramento de impacto para todas as áreas protegidas. A medida vai otimizar o trabalho nas UC’s, que serão padronizados. O Plano de Monitoramento e Gestão dos Impactos da Visitação foi elaborado com base no conceito construtivo adotado pelo Projeto FAPESP – Proposição de Política Pública a partir de Modelos de Avaliação e Gestão de Impactos Sócio-Ambientais da Visitação Pública nas Unidades de Conservação do Estado de São Paulo. Tal projeto propôs uma lista mínima de indicadores de impactos da visitação e sua respectiva metodologia, indispensáveis em qualquer sistema de monitoramento.

Esta ação faz parte do Projeto de Desenvolvimento do Ecoturismo na Região da Mata Atlântica e do Programa Trilhas de São Paulo, e foi objeto de investimento considerando-se a necessidade do fortalecimento das atividades de implantação, manejo e gestão do uso público nas Unidades de Conservação do Sistema Estadual de Florestas – SIEFLOR.